Definição
A Síndrome de Referência Olfativa é um distúrbio emocional bastante raro, e somente em 1971 foi assim denominada por Pryse-Phillips. Ela se caracteriza por delírios apresentados pelos indivíduos acometidos, de que exalam um odor ruim, embora isso na realidade não ocorra. Os portadores da doença, costumam imaginar que seus hálito, axilas ou órgãos genitais, estão com um mau cheiro insuportável para as pessoas que convivem com eles,levando-os ao isolamento por conta dessa ilusão.
Pesquisa Sobre a Síndrome
Segundo pesquisadores norte-americanos, por apresentarem delírios de que exalam um cheiro ruim, os portadores da Síndrome, se isolam nas suas residências,tomando muitos banhos por dia e lavando as roupas que vestem obsessivamente. Ainda segundo os estudiosos, os pacientes passam em média oito horas de seu dia, pensando nesse odor fruto de sua imaginação, mudando suas roupas diversas vêzes e usando produtos que duram muito pouco, em virtude do grande quantidade que eles os utilizam. Os indivíduos acometidos pela doença sofrem muito, e segundo relato um dos portadores chegou ao extremo de ingerir perfurme, na esperança de minimizar os odores insuportáveis. Recentemente, pesquisas mostraram que vários já pensaram em se suicidar, tendo que serem hospitalizados.
Principais Sintomas Diferenciais
Quando um especilaista se depara com o problema de halitose,por exemplo, quando o paciente se queixa muito, muitos exames são feitos e nenhum problema de mau cheiro é encontrado, seria interessante se ficassem atentos, para a possibilidade de acometimento de seus clientes por esse distúrbio. No entanto, para que isso ocorresse, teria que haver uma interação, com estudos de casos entre dentistas (No caso da halitose), Médicos, Psiquiatras e Psicólogos. Enquanto esse processo não acontecer, o diagnóstico da Síndrome, será um pouco demorado, pela não percepção do profissional que primeiro atende ao paciente, de que se trata na verdade de um doença psiquiátrica, como tal deve ser tratada por esse especialista. O paciente pode ficar bastante ansioso, achando que seu hálito, esta interferindo em sua vida profissional e também pessoal, sendo rejeitado por isso pela sociedade que faz parte. Alguns autores, descrevem o distúrbio como uma ilusão de origem hiponcondríaca, diferenciado dos traços de personalidade do indivíduo, que permanecem intactos. Ela vem sempre junto de percepções que perturbam muito o paciente, podendo ser chamadas de alucinações, com odores imaginários que exalam de seus corpos, que os fazem acreditar também, que as outras pessoas possam sentir esses cheiros fétidos, o que os tornam bastante angustiados. Esse distúrbio ocorre em um período anterior ao diagnóstico propriamente dito, quando o paciente pede ajuda aos médicos para resolver seus problemas de odores, normalmente sem sucesso, pois a causa do mau cheiro não é física e sim mental. Os fatores que podem desencadear oa doença, normalmente é insidioso(traiçoeiro), pela dificuldade em se diagnosticar corretamente no período inicial, embora em alguns pacientes acometidos possa haver algum fator precipitante da enfermidade, como : Comentários de alguém próximo ao indivíduo sobre mau hálito, por exemplo. Comumente a grande maioria dos pacientes tem história de antecedentes familiares. Eles de um modo geral apresentam traços obsessivos e são perfeccionistas, também costumam ser pessoas inseguras, influenciáveis por opiniões de terceiros. Com o agravamento da patologia, os portadores começam a fazer rituais repetitivos, como escovar os dentes muitas vêzes ao dia,e principalmente se privam do contato com outras pessoas, isolando-se do convívio social, podendo inclusive tornarem-se paranóicos se não tratados de forma adequada.
Tratamento para a Síndrome
Os portadores da Síndrome, em estágios mais avançados, podem apresentar sintomas de neuroses, depressão ou pensamentos compulsivos.Em virtude dessa diversidade de conduta da pessoa acometida, um único tratamento não parace ser suficiente. Em pacientes somente com aspectos neuróticos de personalidade, somente a psicoterapia parece ser indicada, e segundo alguns especialistas tem dado bons resultados. Já em pacientes com transtornos obsessivos, compulsivos e deprimidos, os médicos costumam tratá-los com antidepressivos.
A terapêutica efetiva pela complexidade do caso,deve requerer a união de ambos procedimentos, psicoterpia e medicação, para que os portadores dessa Síndrome tão rara, possam ter uma qualidade de vida melhor.
Salete Dias




