Auto Hemoterapia

Ainda pouco conhecida da população em geral e gerando até hoje no meio científico várias controvérsias a auto-hemoterapia, consiste basicamente em retirar o sangue de um vaso sanguineo, o administrando por via intramuscular no próprio corpo. A técnica que é bastante simples e de baixo custo, é feita pela extração do sangue venoso e sua posterior aplicação ao músculo, nádegas ou braços, sem haver nenhum acréscimo de substância a esse sangue injetado. O volume retirado, costuma variar de 5ml a 20 ml, dependendo da doença que a pessoa apresenta.

Rejeição

O sangue em contato com o músculo, que é um tecido extra-vascular,promove uma reação de rejeição, com a estimulação do SRE(Sistema Retículo Endotelial). Nesse momento a médula óssea produz uma quantidade maior de monócitos, que vão se localizar nos tecidos orgânicos, denominando-se macrofágos (cujo papel na resposta imune é vital). Segundo pesquisadores do procedimento, antes da aplicação muscular a contagem deles é de 5%, após essa taxa sobe para 22% (no final de um período de oito horas). As patologias infeciosas, auto-imunes, alergias, miomas, cistos ovarianos e até obstruções sanguíneas dos vasos,são combatidas pelos macrófagos, que se quadruplicam, conseguindo vencer essas doenças ou atenuá-las. Especialmente em caso de doenças do sistema imunológico, a agressão é desviada para o músculo causando melhoria considerável na saúde do paciente.

Polêmicas Geradas Pelo Método

De um lado temos os defensores da prática, baseados em relatos de indivíduos que garantiram ter alcançado a cura com o método. Do outro, há os que criticam baseados, segundo eles, na inexistência de pesquisas que demonstrem a segurança e eficiência do processo, sem respaldo científico. Segundo a legislação vigente em nosso país, somente o médico especializado em hematologia pode se responsabilizar pelos procedimentos chamados de hemoterapêuticos. Segundo o Conselho Federal de Medicina não é permitido aos médicos brasileiros utilizarem procedimentos que não são reconhecidos pela comunidade científica. Alguns defensores mais contundentes declaram que o não reconhecimento do procediemento seria devido a interesses da industria farmacológia, que deixaria de vender vários remédios, tendo um grande prejuízo, se as pessoas conseguissem se curar sozinhas, fato bastante questionável e passível de reflexão.

Técnicas

A técnica não é tão nova quanto parece, havendo relatos desde 1911. No Brasil um dos maiores denfensores é o Dr.Luiz Moura, que no ano de 2004 fez um DVD com uma entrevista sobre o assunto, e hoje em dia esse tema é um dos mais acessados pelos internautas. É interessante lembrar que todos os tratamentos hoje existentes,comprovados cientificamente também sofreram questionamentos antes de sua utilização. Uma das críticas feitas por alguns opositores do método, o que de mais grave poderia ocorrer com a pessoa submetida a auto-hemoterapia, seria a consequência que poderia acontecer, já que o sangue é um meio de cultura e crescimento bacteriano, que existem no organismo humano, e uma vez injetados novamente no corpo, pioraria seu estado de saúde. Toda técnica relativamente recente deve ser analisada com reservas, para poder ser validada de forma consistente no futuro e a pesquisa é o melhor caminho para isso.

Salete Dias

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