Às vezes vemos nas ruas pessoas com algumas modificações no corpo e na face – são “chifrinhos” na testa, bolinhas nos braços ou qualquer outro relevo em algumas partes do corpo. Esses enfeites são como piercings, mas são implantes colocados sob a pele, utilizados por algumas pessoas para dar um “upgrade” no visual.
A colocação desses implantes precisa ser feita com cuidado e por profissionais experientes, pois é basicamente necessário descolar uma parte da pele, colocar um objeto no corpo e depois fechar tudo novamente – ou seja, oferece vários riscos a quem se submete ao processo.
As peças que são implantadas são confeccionadas com silicone, imãs com pouco magnetismo (porém revestidas de silicone) e PTFE (sigla do politetrafluoretileno), material usado em próteses.
Os implantes podem ser subcutâneos, transdermais ou 3D – depende da preferência da pessoa que quer se enfeitar com eles.
História dos Implantes
A técnica foi inventada na década de 90, e a primeira pessoa a colocar um implante subcutâneo foi Steve Haworth, cidadão dos Estados Unidos.
O implante foi feito no pulso, com a intenção de colocar uma pulseira “permanente” em formato de bolinhas.
Esse tipo de implante pode ser feito em qualquer local do corpo, menos nas articulações. O problema é que o corpo pode rejeitar o implante e o resultado é uma reação alérgica ou até uma infecção.
O tempo de recuperação varia de acordo com o tipo de implante que é realizado: os magnéticos levam cerca de quinze dias, e os subcutâneos 20 dias. Os implantes transdermais são os que demandam mais tempo de recuperação, levando de seis meses até um ano para que a pessoa se recupere totalmente.
Como o Implante é Realizado
Antes de começar o procedimento a pessoa recebe um anestésico tópico na parte do corpo que receberá o implante.
Depois disso o procedimento pode começar: o profissional marca a pele no lugar onde o implante será colocado e faz uma incisão no lugar marcado, usando uma lâmina de corte.
Com o auxílio de uma espátula o profissional descola a pele e a camada de gordura, separando-os do músculo. O espaço aberto recebe a peça escolhida pela pessoa – o encaixe é feito entre a camada de gordura e o músculo.
O lugar onde as peças são encaixadas é fechado com uma sutura, e sobre o lugar do implante são colocados fitas para ajudar a fixar a peça no lugar escolhido. Essas fitas só são retiradas depois de vinte dias.
Se um dia a pessoa desejar retirar o implante, e necessário repetir o procedimento de cortar a pele, descolar a camada de gordura do músculo, retirar as peças e tornar a fazer os curativos e esperar o tempo de recuperação.
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